terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vencer a Tentação


Por Pr. Juan de Paula

Recentemente foram comemorados 40 anos de Woodstock e um amigo (Pr. Judiclay) escreveu uma excelente postagem sobre o evento. A máxima “sexo, drogas e rock and roll” guiou a juventude dos anos 60 e hoje na pós-modernidade e no século XXI esse moto assume novas formas musicais e permanece desafiando a moçada a viver um estilo de vida libertino e desregrado. Na mitologia grega, a deusa Afrodite era considerada a deusa do sexo e era cultuada através de intimidade corporal. O (a) leitor (a) crente chamará isso de idolatria com toda a razão e esse mesmo ídolo se manifesta com novos trajes ao invés de culto a deusa da mitologia grega, segue em curso travestido de entretenimentos culturais voltados para despertar a sensualidade e sexualidade da moçada.
Motivações do coração
Longe de ser um moralista, se não fosse a graça de Deus o carpe diem seria meu estilo de vida. Aliás, o era antes do ano 2000. Deus me resgatou com a sua graça e o louvo em Cristo Jesus porque Deus me livrou de mim mesmo e não me deixou caminhar na calçada do meu próprio coração.


Acredito que aquele foi meu estilo de vida pelas seguintes verdades:
1 – Somos todos alienados de Deus, a fonte eterna do nosso prazer. Temos necessidade de buscar prazer e satisfação e se não buscamos em Deus, buscamos em outras coisas. Daí, a busca pelo prazer estético (parodiando Kierkegaard) e vazio. Daí o sexo vira ídolo do coração.
2 – Dentro dessa busca pelo prazer sem Deus, os homens olham para as mulheres (criação de Deus) como objeto de desejo e prazer sem se importar com o ser delas. As mulheres desejam com muita intensidade serem amadas gerando muita ansiedade fazendo com que tomem decisões com motivações de serem aceitas pelo menos no momento do prazer. Isso gera uma sede de aventura sem substância e segurança. Daí a busca pelo prazer através do sexo vazio (chamo sexo vazio, a intimidade corporal sem vínculo matrimonial).

Buscando o prazer de forma correta
As igrejas influenciadas pelo moralismo e legalismo acabam não tendo instrumental teológico e maturidade relacional para trabalhar essa questão. Ou se abafa e joga a poeira debaixo do tapete numa ou se ataca e reprime sem o ensino libertador do Evangelho de Jesus Cristo noutra.
Quando buscamos o prazer em Deus, vemos que Ele é melhor do que o sexo, pois Ele é supremo e está acima de todo prazer humano. O sexo não é ruim falando de forma criacional. O que Deus criou é bom e foi feito para ser exercido com responsabilidade dentro de um contexto matrimonial guiado pelo amor mútuo.
Deus dá ao seu povo a redenção e a libertação em Cristo para ser feliz e satisfeito Nele. A sexualidade pode e deve ser exercida para a glória de Deus. A sexualidade deve ser tratada abertamente pelas igrejas sem medo e moralismo (pois senão os adolescentes e jovens aprenderão sexualidade nos ambientes seculares através de uma cosmovisão pagã e não debaixo de uma cosmovisão bíblica que glorifica a Deus e nos alegra consistentemente). A mocidade deve ser ensinada a glorificar a Deus com seu corpo.

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